quinta-feira, 7 de junho de 2018

Bando de Seu Pereira é uma das atrações da 31ª Feira de Artes da Vila Pompéia


Conjunto encerra as apresentações no palco Raízes do evento, escolhido a dedo pelo produtor musical Ezídio Souza
O músico Vinícius Pereira
 Foto: Weslley Oliveira (Tocaia Cultural)
O Bando de Seu Pereira tocará na 31ª Feira de Artes da Vila Pompéia, encerrando as apresentações do palco Raízes, voltado à música regional e que conta com um espaço especial para a cultura nordestina. O trabalho é organizado pelo produtor musical Ezídio Souza, que justificou sua escolha pelo conjunto devido ao diferencial que ele enxerga no trabalho dos músicos.
O grupo mistura elementos da música clássica, com a música tradicional e instrumentos do forró pé-de-serra. Vinícius Pereira é paulistano da gema, filho de baiano com uma paulistana (filha de uma síria e um português). O artista, que sempre trabalhou com música instrumental e como pesquisador de culturas, relatou um episódio que mudou sua vida: A crise hídrica em São Paulo.
O compositor compartilhou suas reflexões a respeito da falta d’água e de seu envolvimento com a Permacultura, também conhecida como Cultura da Permanência. A preocupação com a realidade enfrentada, durante a crise hídrica, serviu de gatilho para que aprendesse a construir cisternas e dividir com as pessoas o que havia aprendido.

Após o rompimento da barragem em Mariana, Pereira e mais seis permacultores viajaram em uma Kombi, de lá até a foz do rio, em Regência, Espírito Santo, decididos a trabalharem com regeneração socioambiental. O grupo reunia as pessoas impactadas pela lama através da música, levando um recado às pessoas afetadas. “Foi assim que nasceu o Bando de Seu Pereira, da necessidade de dizer para as pessoas coisas que estão acontecendo agora e que não são ditas”, revelou Vinícius Pereira.
O Bando de Seu Pereira conta com 5 integrantes, sendo 4 deles, da região Nordeste. O grupo surgiu com a intenção de difundir as maravilhas da cultura popular brasileira, compartilhando seus conhecimentos, resultados de anos de pesquisas de cada integrante.
Vinícius Pereira (centro) e o Bando
Foto: Facebook Bando de seu Pereira (divulgação)
Além de fazerem shows, eles levam oficinas e, na própria Kombi, improvisam um pequeno cinema, ensinado também através de filmes. Sobre o posicionamento da banda a respeito dos acontecimentos recentes na política do país, Pereira questiona: “Subir no palco e ignorar o que está acontecendo em Brasília, o que está acontecendo nas ruas de São Paulo, ignorar o que está acontecendo no Rio de Janeiro? Como vou ignorar tudo isso que acontece e viver a vida como se nada acontecesse? Eu sou incapaz”, conclui o vocalista.
O Centro Cultural Pompéia organiza as festividades da Feira de Artes da Vila Pompéia, desde 1987, contando com 7 palcos distribuídos pela região. O palco Raízes, além de ter o conjunto no encerramento, conta com uma apresentação de Maracatu, oficina de dança de forró e mais 8 atrações.
Com um tema diferente a cada nova edição, este ano, os organizadores recordam maio de 1968, citado pela propaganda do evento como “O mês que nunca acaba”, junto com a expressão “É Proibido Proibir”, referente à luta de muitos intelectuais contra a Ditadura Militar, 50 anos atrás.

Confira abaixo trechos da entrevista com Vinícius Pereira: 



Assista o "Xote dos Recursos":

quarta-feira, 16 de maio de 2018

RESTAURANTE TEMÁTICO EM SÃO PAULO APRESENTA ASPECTOS DA REGIÃO NORDESTE NO PACAEMBU


O Baião Cozinha Nordestina ajuda os visitantes a matarem a saudade de casa

Entrada do restaurante
FOTO: Heudes Régis/Arquivo Pessoal
Localizado no mesmo ponto que já abrigou restaurantes como “Pizza na Roça” e “A Toca”, o Baião Cozinha Nordestina carrega em seu nome o ritmo e o prato, conhecidos por muitos brasileiros. A entrada chama a atenção de quem passa por perto do local, com a imagem de um boneco cangaceiro na fachada. Na sala de espera, uma espécie de quiosque, onde uma baiana típica vende acarajé, sempre de terça a domingo.
No salão principal, que acomoda 120 pessoas, garçons vestidos com trajes regionais atendem os clientes que chegam para fazer suas refeições. O salão principal e a pista de dança são separados por um bar feito com pau a pique.
O proprietário da casa é filho de alagoanos. José Lourenço dos Santos Júnior é apaixonado por comida regional e sempre teve o sonho de ter um restaurante de comida nordestina em São Paulo. Para decorar seu restaurante, Júnior, como é chamado, fez algumas viagens para o nordeste e adquiriu algumas peças de diversos lugares, deixando o ambiente com o visual mais próximo do que se pode encontrar nos nove estados que contemplam a região.
O palco possui um formato de sanfona, uma homenagem do proprietário ao pai. Ele explica que “Esse palco foi uma forma de referência, respeito e agradecimento”, diz. O palco, aliás, se tornou uma das atrações da casa. Quando não há músicos no local, vira um dos pontos mais fotografados.
Para chegar no salão de baixo, os clientes descem uma escadaria colorida, que lembra as ruas localizadas em Pipa, Rio Grande do Norte. O restaurante abre diariamente e foi inaugurado oficialmente em 11 de fevereiro de 2015.

Baião – Cozinha Nordestina 
Rua Traipu, 91 – Pacaembu – São Paulo 
Horários: de segunda às quartas-feiras, das 11h30 à meia-noite; às quintas, sextas e sábados das 11h30 às 3h; e aos domingos e feriados das 11h30 às 18h. Música ao vivo, de quinta a sábado, das 21h às 3h, e aos sábados, domingos e feriados, das 13h às 18h.